Oculto, sozinho ao breu de noites sem lua
Minha alma repousa nos braços de um anjo sem nome;
No suspiro de uma mãe sem feto;
No carinho de um vento sóbrio.
Está oculto em meus caminhos
Está sozinho em meus passos
Confia, aguarda e se prende a minha sombra
Como criança sem amor, como chuva que cai sem esplendor.
O sol não brilha a lua não aparece.
Está oculto na verdade
Esta sozinha numa distorcida realidade
Procura, abate, se afligi nesta morbidade.
Notas sarcásticas tocam um som lírico com a mais sutil crueldade
Debocha, e reforça esse pensamento solene de realidade.
Oculto está nesta obscuridade, nesta mascara sem porcelana
Nesta vida que já chamou de tirana.
Sozinho nos braços alheios, eu observo o seu repouso solene
E a espero com o mais doce sorriso
A sua confortante volta, sem mais comoventes despedidas.
Nos braços de um anjo, oculto em um relento
Repouse minha doce criança, sem meu infortuno silêncio...
Oculto, sozinho e tranqüilo a minha alma está neste mais profundo silêncio.
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