Universo da alma

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quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Anjos - Felipe Alexandre


Vozes me chamam... chamam... vozes de anjos...
Hora eu que não os chamei, clamam meus nomes...
gritam meus nomes, serão mesmo anjos?

Eles sempre me chamam.

Anjos que dormem na escuridão.
Bebem do sangue de minha morte
e falam com vozes que rangem
como ferro em lascas
como  um vulcão em erupção...

Ora, serão mesmo  os anjos?

Chamam os meus nomes, sem esquecer se quer de um
eu não os conheço, mas seus olhos queimam os meus;
Sua voz faz sangrar meus ouvidos e seu toque gela minha pele.
Confudem o que eu sinto, amor ou medo? Nada mais faz sentido.

Vieram me buscar. 

Uma vez mais gritaram meu nome
Estridente, sombrio a sua voz fala meus nomes...
Queria um pouco mais de tempo... Para salvar a mamãe;
e desenterrar o papai...
Um pouco mais de tempo pra terminar isso...
isso... que não tem fim... que segue esse ciclo...
Anjos que me arrastam para escuridão sem permitir se quer
que eu diga os seus nomes.
Anjos...