Universo da alma

Universo da alma

domingo, 29 de agosto de 2010

Não me diga para parar - Felipe Alexandre

Não me diga que não sente nada
Não me diga para desistir
Afinal será como dizer para chuva não cair
Não me diga para não te amar
Porque é como dizer para o vento não soprar...

Diga para o sol não brilhar
Para eu não me levantar dessa vez
E me diga que o amor não é verdadeiro
É apenas algo que fazemos
Mas por favor, só não me diga para parar...

Sussurre em meu ouvido
Deixe eu te mostrar que nessa alma fria
Se esconde uma lareira quente e aconchegante
Mas não queima, deslumbra prazer
E te banharei em amor até o dia nascer.

Você parece irresistível para mim...
Diga-me para te morder,
Diga-me para te mostrar o meu melhor
E diga para te amar
Mas não me diga para parar...

Diga para a cama se estender
Como a boca aberta de um túmulo
E que nos enterrem ali
Meu corpo quente no seu
Nosso suor que transpiramos
Enquanto fazemos amor

Diga tudo que eu sou
Mas não me diga jamais para parar.
Por favor, não...
Eu te peço que não...
Não me diga para parar
Porque você é meu melhor romance
Meu maior desejo
Meu maior prazer
Então por favor, não me diga para parar.

Você não está mais aqui - Felipe Alexandre


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 Que tal um céu azul para sempre? Eu nunca gostei do céu azul, sempre o preferi avermelhado e sangrando, era mais bonito e eu me sentia melhor assim, até conhecer você...
A grama verde voa no vento, dançando...
Seria muito melhor uma vista com você, junto comigo...
Nunca me senti tão só, então você chegou e sacudiu esse inferno que eu amava como um paraíso
E tudo que me fazia bem sumiu, e só restou você, meu único consolo.

Então agora o que eu devo fazer? Estou amarrado, preso a você.
Meu corpo dói, meu coração palpita, e minhas lágrimas caem se misturando ao vermelho escarlate de meu sangue.
Meus suprimentos acabaram
Estou pronto para morrer aqui, sem você
Porque você não está mais aqui

Você concebeu com alegria tudo o que tinha e mais...
Você suplicou minha felicidade, e eu a entreguei
Quando você me faz sentir alegria você sorri
O amor nunca deveria ter habitado esse coração feito do ferro
E me pergunto se um de nós dois temos tempo para lágrimas
Nunca imaginei que eu fosse sentar por aí e chorar por amor
Até conhecer você...
Até saber que “você não está mais aqui”.

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Desabafo da realidade (Paranóia I) - Felipe Alexandre

Onde você esteve?
Você está diferente...
Você desapareceu e me abandonou sem olhar para trás
E daquele mesmo jeito você retornou aqui

Então fez o seu tempo, longe daqui
Renovou o seu ser, tornou-se mais forte?
Pelo seu retorno imaginei que soubesse
Que esse corpo se deu ao desfrute de amar e foi punido a uma dor
Uma Dor que nem mesmo no inferno fui capaz de sentir...

Parece tão bom, posso abraçar você minha querida alma...
Quando tudo se foi, eu nada senti...
Eu acho que deve haver algo errado com nós
Você ao menos os viu?
Eles se foram á tanto tempo
Nossos sentimentos que abandonamos...

Entre em meu corpo, explore minha mente
Esse lugar desanimador, algumas coisas mudaram
O que não pode ser novo para “eles”
O que não deve surpreender você

Eu estou feliz que esteja aqui.
Eu me sinto melhor por você estar bem
Seja bem vindo de volta ao seu lar
Abrace seu inferno.

Nesse corpo faminto pela solidão
Mas que se embriagou sem querer na paixão e envenenou-se no amor
Perdida, criança e inocente alma que voltou...
Essa vida proibida tomada por um momento...
Essa vida, que parece muito tarde para salvar.
Ou quem sabe seja apenas um momento no tempo...

Na minha mente, os lugares continuam voltando
E eu ainda vejo o sorriso daquela pessoa
E o medo escuro que eu sinto...
Morro em um instante.

E “eles” me guiam a loucura
Sempre assim, de pé chorando e rindo de mim
Eu os odeio, é triste saber que eles estão certos
Esses demônios que me perseguem, essas memórias que me consomem
Os medos que me corroem e me matam a cada dia
O amor destruiu minhas mascaras e arruinou meu lar
E agora abraço minha gentil alma que voltou para me consolar

“Eu posso confiar em você?”
“Eu ouvi um barulho...!”
“Eu ouço vozes...!”
“Eles estão sempre perto de mim...”
“Eu queria que tudo isso fosse uma ilusão”
“Porque eles não somem? O que eles querem!?”
“Oh Deus, livrai-me do mal... amém...”
“Mentiras... Mentiras... parem...”
“Como se nada bastasse esse sentimento humano esta terminando de me matar!!!”
“E quem sou eu agora?”

Muito tarde para mim... Ou quem sabe seja apenas o tempo...

domingo, 8 de agosto de 2010

O tempo - Mario Quintanda


A vida é o dever que nós trouxemos para fazer em casa.
Quando se vê, já são seis horas!
Quando se vê, já é sexta-feira!
Quando se vê, já é natal...
Quando se vê, já terminou o ano...
Quando se vê perdemos o amor da nossa vida.
Quando se vê passaram 50 anos!
Agora é tarde demais para ser reprovado...
Se me fosse dado um dia, outra oportunidade, eu nem olhava o relógio.
Seguiria sempre em frente e iria jogando pelo caminho a casca dourada e inútil das horas...
Seguraria o amor que está a minha frente e diria que eu o amo...
E tem mais: não deixe de fazer algo de que gosta devido à falta de tempo.
Não deixe de ter pessoas ao seu lado por puro medo de ser feliz.
A única falta que terá será a desse tempo que, infelizmente, nunca mais voltará.