Universo da alma

Universo da alma

terça-feira, 29 de novembro de 2016

PAINCODE

Eu vou lhe dizer algo que sinto
Difícil por em palavras sentimentos
Quando símbolos não são suficientes
Para expressar tudo que está aqui dentro
Que está errado, está quebrado...

Eu vou te falar o que você não quer ouvir
Vou lhe dizer o que eu sinto
Mergulhaste meu coração num profundo
e silencioso mar de culpa
Para me fazer sentir exatamente como você
Mas não entendo seus jogos, não os venço
Suas discussões, me emudecem.

E não tenho como mostrar o que você me fez
Difícil para mim, mesmo agora...
Tem algo em seus olhos que é difícil de dizer
Tem algo no seu corpo que é difícil
de descrever
Há um frio no seu coração que nos afasta
Alguma coisa em você que não quer
se curar, que não quer se permitir.

Por que de todas as coisas belas que dissemos
nenhuma foi suficiente para lhe convencer
Nenhuma hora gasta foi o bastante para você ver
que eu estava lá para você.
Mesmo depois de tudo, você continua se afastando
E eu sinto muito por nós, por você...
Talvez algum dia você vá saber como eu me sinto.

E quando você voltar eu não estarei te esperando
Minha casa vai estar vazia, suas fotos queimadas
É difícil de explicar, mas não posso permanecer aqui
Porque todos os dias doem por lembrar de você.

Devolva meu coração com todas as lágrimas que te dei
Apaguei você em todos os lugares e criarei um novo mundo.
Um mundo onde você não exista, um mundo sem passado
sem você, dor ou amor. Mas lhe peço..

Eu apenas lhe peço..

devolva-me.



quarta-feira, 14 de janeiro de 2015

Saudade - Pabo Neruda

Saudade é solidão acompanhada, 
 é quando o amor ainda não foi embora, 
 mas o amado já. 

 Saudade é amar um passado que ainda não passou, 
 é recusar um presente que nos machuca, 
 é não ver o futuro que nos convida... 

 Saudade é sentir que existe o que não existe mais.

 Saudade é o inferno dos que perderam, 
 é a dor dos que ficaram para trás, 
 é o gosto de morte na boca dos que continuam. 

Só uma pessoa no mundo deseja sentir saudade:
 aquela que nunca amou. 

 E esse é o maior dos sofrimentos: 
 não ter por quem sentir saudades, passar pela vida e não viver. 

 O maior dos sofrimentos é nunca ter sofrido. 

domingo, 9 de dezembro de 2012

Chorão

Tu me disseste que voltarias...
Chorando me vi em teus olhos... verdes olhos...
Chorão de olhos negros que sou...
Tu eras tudo que eu queria, chorão eu fiquei por tua culpa.

Chorão me tornei na tua partida
Chorão... que até a porta me recusei abrir...
Sou um chorão e tu és uma pimenta verde..
picante mas agradável...  

Chorão, me acalmarei sem remorço
mas porfavor, me tape por que tenho frio...
a solidão me machuca... e eu fico chorão quando está frio

Se porque te amo, mesmo eu chorão
Te amo... E não posso mudar isso
apenas me diga... queres...
queres o que mais?

27/08/2012 - 09/12/2012

sexta-feira, 8 de junho de 2012

Egoísmo

Eu quero ver estrelas nos céus e nos olhos...
De todas as mentes perdidas, de todas crianças desaparecidas
De cada corpo faminto, de cada doente que espera a morte.
Quero ver o caminho de branco e ouro
Quero sentir a emoção de um reencontro
Quero segurar a sua mão quando seus passos forem tropeços.

Eu quero ver Sol nos que não habitam no mundo branco
Quero ver fogo nos olhos de quem engoliu a própria dor
Quero ver esperança em quem se alimenta de miséria
Quero dormir em paz, uma vez sem pensar nesse mundo.

Esse mundo profano
Esse mundo mentiroso
Onde um maço de papel vale mais que uma vida
Onde o fútil é útil e o amor é uma palavra
Quero ser capataz, dos que mentem em nome de uma nação.
Quero ser inferno para os que iludem por fé...

Estranho eu que sofro sem motivos
Horrível sou... Distante fiquei.
Egoísta eu, que me importo demais...
Mas eu apenas quero dormir em paz...
todos nós.

domingo, 23 de outubro de 2011

"Eles"


E eles voltaram entre as próprias cinzas...
não são amantes da fênix, nem da luz, mas sabem muito bem renascer do pó.
a miséria não os assusta, seus passos são vagos, suas mãos são frias
vozes de trovão, olhos de águia, a vida apodrece perto deles.

Conhecedores das leis do universo...
mestres da criação e da destruição, exibem suas barganhas
Eles estão um pouco depois da morte
são os coveiros e também a podridão
é a sabedoria máxima a inteligência absoluta
os portadores de todas as relíquias e todos os saberes.
Ao longe ouviram minhas risadas, perceberam minha felicidade
Agora me perguntam “quem és tu?” - eu sou o que sobrou de mim.
a parte sobrevivente que não morreu enquanto foi vitima de suas experiências
sou o ultimo feixe de um dia claro que percorreu à noite
sou o ultimo suspiro de uma alma que ficou doente
sou a ultima pena da ultima fênix que não conseguiu voar.

Vieram me buscar, porque desviei meu caminho
eu pequei, eu errei, eu fui insolente...
Mas eu estou ciente de meus erros, eu sei de minha loucura
entendo que não posso me esconder, porque vocês me ensinaram isso.
Ao fundo sinto que devo abraça-los novamente e voltar para nossa casa
mas eu queria provar novamente
sentir novamente...
Aquilo que os outros chamam de amor.

“Give me  little boy your hand...
we going to home."

sábado, 9 de abril de 2011

Aproveite as Oportunidades!

O que você diz sobre aproveitar oportunidades?
O que você diz sobre saltar para fora do limite?
Nunca sabendo se existe um chão sólido abaixo
Ou uma mão para segurar, ou um inferno para enfrentar
 
O que você diz?
 
Aproveite as chances, faça o melhor, e se cair apenas levante-se!

sexta-feira, 18 de março de 2011

Esperarei...


Todos os dias, quando me descuido penso em você.
Lembro-me de você sorrindo, e me chamando de querido.
Ah como era bom àqueles tempos, em que éramos um só.
Um só, em um doce amor todo nosso.

Lembro-me quase todos os dias de nosso primeiro beijo
Doce veneno, doce desejo que me marcou.
Recordo de sua risada gostosa e sincera me dizendo suas teorias bobas
De que eu era só seu e você me vigiava dia e noite;
Porque éramos só um... E eu nunca admitia, mas...
Era muito bom ter você, porque eu te amava! Sim, eu te amava.

Lembro-me do dia em que você me chamou chorando no telefone
E me disse coisas terríveis, que eu inocente nunca compreendi.
E assisti você pegando as suas roupas abrindo a porta e com aqueles lábios...
Que eu tanto amei, e sua voz que eu tanto gostava me dizer “Adeus”.

Hoje lembro o quanto doeu, mas você continua aqui nessa ferida...
Nessa ferida que eu lutei para curar, que eu chorei até cicatrizar;
Escondido por baixo de toda minha pele, no calor de meu corpo...
Continua quente o amor, o amor que eu sempre tive a você;
E nunca pude te entregar com todo fervor que você merecia.

Os dias passaram, e eu continuei a lembrar de nós...
Até o dia em que você voltar e pegar minha mão...
E andarmos no velho bosque onde nos beijamos pela primeira vez...
Tento ser realista, e aceitar que você nunca mais voltará...
Mas infelizmente é bom sonhar... E tentarei continuar a te esperar.

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Anjos - Felipe Alexandre


Vozes me chamam... chamam... vozes de anjos...
Hora eu que não os chamei, clamam meus nomes...
gritam meus nomes, serão mesmo anjos?

Eles sempre me chamam.

Anjos que dormem na escuridão.
Bebem do sangue de minha morte
e falam com vozes que rangem
como ferro em lascas
como  um vulcão em erupção...

Ora, serão mesmo  os anjos?

Chamam os meus nomes, sem esquecer se quer de um
eu não os conheço, mas seus olhos queimam os meus;
Sua voz faz sangrar meus ouvidos e seu toque gela minha pele.
Confudem o que eu sinto, amor ou medo? Nada mais faz sentido.

Vieram me buscar. 

Uma vez mais gritaram meu nome
Estridente, sombrio a sua voz fala meus nomes...
Queria um pouco mais de tempo... Para salvar a mamãe;
e desenterrar o papai...
Um pouco mais de tempo pra terminar isso...
isso... que não tem fim... que segue esse ciclo...
Anjos que me arrastam para escuridão sem permitir se quer
que eu diga os seus nomes.
Anjos...

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Ao Fim - Felipe Alexandre


Escrevi cartas que falavam de um amor proibido,
Proibido porque era sujo, proibido porque não era digno.
Escrevi poemas que falavam de um sentimento;
Que julgou impuro, e desmerecido,
De tão desmerecido meus poemas morreram na solidão...

Minhas palavras nunca alcançaram seus ouvidos;
Porque minha roca voz nunca pode alcançar você.
O ar, que me falta já aos pulmões...
Envelheci solene em meu próprio presídio de solidão
Empoeirado junto às cartas;
Acumulado junto ao que criei.

O Fogo está se apagando, junto de minha vida...
O calor de meu sangue está sumindo;
Estou me esgotando...
O amor me manteve vivo todos esses anos,
Mesmo este nunca ter sido retribuído...
Mas agora cheguei ao fim, estou me mudando desta vida;
Estou partindo para os braços de minha amada...
Estou... Estou ao Fim.