Universo da alma

Universo da alma

domingo, 17 de outubro de 2010

Seu Brinquedinho - Felipe Alexandre


Caminha sozinha alegre nessa garoa, na calçada de seu refugio
Finge sorrisos quando me vê, cobiça quando está sozinha
O que se passa em sua mente?
Diga-me, quantas razões você tem para fazer isto comigo?

Dê-me um pouco daquele veneno...
Que você escondeu dentro de sua caixinha de glória
Deixe me embebedar mais uma vez, com o licor que você me embriagou

E sussurre os seus motivos em meus ouvidos;
Enquanto eu rasgo sua roupa e te faço minha
Mais uma vez, porque não me canso de você

Você é meu pior vicio, é meu inferno e paraíso.
Ouço sua voz roca sussurrando coisas em meus ouvidos...
Me de razoes, me de motivos e admita que me ama.
E não saia rindo tentando-me convencer que sou apenas seu brinquedinho

Corrompidos pelo pecado, envenenados pelo Diabo...
Dormindo num paraíso perdido
Dentro de sua caixinha de glória...
Porque eu sou apenas seu brinquedinho...
Escondido na sua caixinha de glória...

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Chuva fria - Felipe Alexandre


Eu procurei ajuda...
Procurei alguém que me ajudasse,
Mas não encontrei ninguém;
E acabei numa rua monocromática;
Em baixo de uma chuva fria;
Sem entender por que...

Eu sinto essa chuva fria cair em meu rosto
E vejo rostos desfigurados
São rostos das pessoas que conheci
Das amizades que esqueci
Das pessoas que passarão por mim...

E essa chuva parece que não ira parar...
No entanto a chuva parece me compreender
Porque se une as minhas lágrimas, e carrega minhas tristezas
E lembra aquele amor que ofereci gentilmente a ti
Parece uma armadilha do destino te vejo no fim de tudo
Por mil vezes eu quis saber se há algo mais!? Algo mais...
Mas você está distante de mim, e é melhor que continue assim...
Cada vez mais longe de mim...

Eu quero que desabe junto com a chuva
 Todos os meus “ontem” para que só haja “amanhã”
Quero que vá com a chuva todo o amor que não te dei
Quero que desça pelos ralos desta rua o amor que você não quis
E quero que você não passe de uma memória
Que irei apagar com a borracha do tempo.

Eu sinto que irá chover assim por dias;
Talvez, depois disso o sol brilhe
E eu tenha uma nova vida
Com o Sol brilhando diante de mim;
Sem mais ilusões, sem mais dor...
Não sei as conseqüências disto
Só sei que depois de toda essa chuva
Tudo isso irá desaparecer;
E eu estarei em uma nova vida sem você.

domingo, 29 de agosto de 2010

Não me diga para parar - Felipe Alexandre

Não me diga que não sente nada
Não me diga para desistir
Afinal será como dizer para chuva não cair
Não me diga para não te amar
Porque é como dizer para o vento não soprar...

Diga para o sol não brilhar
Para eu não me levantar dessa vez
E me diga que o amor não é verdadeiro
É apenas algo que fazemos
Mas por favor, só não me diga para parar...

Sussurre em meu ouvido
Deixe eu te mostrar que nessa alma fria
Se esconde uma lareira quente e aconchegante
Mas não queima, deslumbra prazer
E te banharei em amor até o dia nascer.

Você parece irresistível para mim...
Diga-me para te morder,
Diga-me para te mostrar o meu melhor
E diga para te amar
Mas não me diga para parar...

Diga para a cama se estender
Como a boca aberta de um túmulo
E que nos enterrem ali
Meu corpo quente no seu
Nosso suor que transpiramos
Enquanto fazemos amor

Diga tudo que eu sou
Mas não me diga jamais para parar.
Por favor, não...
Eu te peço que não...
Não me diga para parar
Porque você é meu melhor romance
Meu maior desejo
Meu maior prazer
Então por favor, não me diga para parar.

Você não está mais aqui - Felipe Alexandre


-->
 Que tal um céu azul para sempre? Eu nunca gostei do céu azul, sempre o preferi avermelhado e sangrando, era mais bonito e eu me sentia melhor assim, até conhecer você...
A grama verde voa no vento, dançando...
Seria muito melhor uma vista com você, junto comigo...
Nunca me senti tão só, então você chegou e sacudiu esse inferno que eu amava como um paraíso
E tudo que me fazia bem sumiu, e só restou você, meu único consolo.

Então agora o que eu devo fazer? Estou amarrado, preso a você.
Meu corpo dói, meu coração palpita, e minhas lágrimas caem se misturando ao vermelho escarlate de meu sangue.
Meus suprimentos acabaram
Estou pronto para morrer aqui, sem você
Porque você não está mais aqui

Você concebeu com alegria tudo o que tinha e mais...
Você suplicou minha felicidade, e eu a entreguei
Quando você me faz sentir alegria você sorri
O amor nunca deveria ter habitado esse coração feito do ferro
E me pergunto se um de nós dois temos tempo para lágrimas
Nunca imaginei que eu fosse sentar por aí e chorar por amor
Até conhecer você...
Até saber que “você não está mais aqui”.

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Desabafo da realidade (Paranóia I) - Felipe Alexandre

Onde você esteve?
Você está diferente...
Você desapareceu e me abandonou sem olhar para trás
E daquele mesmo jeito você retornou aqui

Então fez o seu tempo, longe daqui
Renovou o seu ser, tornou-se mais forte?
Pelo seu retorno imaginei que soubesse
Que esse corpo se deu ao desfrute de amar e foi punido a uma dor
Uma Dor que nem mesmo no inferno fui capaz de sentir...

Parece tão bom, posso abraçar você minha querida alma...
Quando tudo se foi, eu nada senti...
Eu acho que deve haver algo errado com nós
Você ao menos os viu?
Eles se foram á tanto tempo
Nossos sentimentos que abandonamos...

Entre em meu corpo, explore minha mente
Esse lugar desanimador, algumas coisas mudaram
O que não pode ser novo para “eles”
O que não deve surpreender você

Eu estou feliz que esteja aqui.
Eu me sinto melhor por você estar bem
Seja bem vindo de volta ao seu lar
Abrace seu inferno.

Nesse corpo faminto pela solidão
Mas que se embriagou sem querer na paixão e envenenou-se no amor
Perdida, criança e inocente alma que voltou...
Essa vida proibida tomada por um momento...
Essa vida, que parece muito tarde para salvar.
Ou quem sabe seja apenas um momento no tempo...

Na minha mente, os lugares continuam voltando
E eu ainda vejo o sorriso daquela pessoa
E o medo escuro que eu sinto...
Morro em um instante.

E “eles” me guiam a loucura
Sempre assim, de pé chorando e rindo de mim
Eu os odeio, é triste saber que eles estão certos
Esses demônios que me perseguem, essas memórias que me consomem
Os medos que me corroem e me matam a cada dia
O amor destruiu minhas mascaras e arruinou meu lar
E agora abraço minha gentil alma que voltou para me consolar

“Eu posso confiar em você?”
“Eu ouvi um barulho...!”
“Eu ouço vozes...!”
“Eles estão sempre perto de mim...”
“Eu queria que tudo isso fosse uma ilusão”
“Porque eles não somem? O que eles querem!?”
“Oh Deus, livrai-me do mal... amém...”
“Mentiras... Mentiras... parem...”
“Como se nada bastasse esse sentimento humano esta terminando de me matar!!!”
“E quem sou eu agora?”

Muito tarde para mim... Ou quem sabe seja apenas o tempo...

domingo, 8 de agosto de 2010

O tempo - Mario Quintanda


A vida é o dever que nós trouxemos para fazer em casa.
Quando se vê, já são seis horas!
Quando se vê, já é sexta-feira!
Quando se vê, já é natal...
Quando se vê, já terminou o ano...
Quando se vê perdemos o amor da nossa vida.
Quando se vê passaram 50 anos!
Agora é tarde demais para ser reprovado...
Se me fosse dado um dia, outra oportunidade, eu nem olhava o relógio.
Seguiria sempre em frente e iria jogando pelo caminho a casca dourada e inútil das horas...
Seguraria o amor que está a minha frente e diria que eu o amo...
E tem mais: não deixe de fazer algo de que gosta devido à falta de tempo.
Não deixe de ter pessoas ao seu lado por puro medo de ser feliz.
A única falta que terá será a desse tempo que, infelizmente, nunca mais voltará.

terça-feira, 20 de julho de 2010

Insensível - Felipe Alexandre


-->
Frios, mórbidos, riem e choram parecem não se importar com nada
Eles se julgam insensíveis, mas para mim são apenas mortos.
Eles debocham de sua vida, eles acham você patético
Mas para mim, ainda são apenas mortos
“Eles estão mortos? O que eles são?”
- Não sei, apenas se denominam insensíveis.

Esse som estridente me lembra o sino da igreja
Anunciando minha morte, sentados nos degraus daquela suja escada
Estavam "eles", a chorar e rir e me caluniar por ter vivido

São frios como gelo, são mais mórbidos que a própria morte, fazem desenhos na neblina
E te fazem ter arrepios na espinha
Arrepios na sua alma...
Eles balbuciam o medo em seus ouvidos e te condenam por simples motivos.
E só o que dizem, é que são insensíveis.
 
Já estamos a ouvir suas risadas, que são tão cruéis e cheias de melancolia
Adivinhe o que eles são, mas só poderá vê-los quando estiver deitado em sua cripta.
Esse frio estranho no ar, melancólico e cheio de intenções
Esta escuridão que parece te ver
Estamos deitados em sua cama
E estamos pisando em suas sombras
E quanto mais medo você tenha, esqueça, por que eles são:
Insensíveis.

segunda-feira, 12 de julho de 2010

A sua Dor - Felipe Alexandre


-->
Leve-me para o limite
Leve-me para o centro da fúria
Vamos lá, mostre-me o que é dor
Isso é pouco de onde vim
Vamos lá, mostre-me que o inferno pode ser melhor que uma taça de Martine

Leve-me ao extremo
Odeie-me, julgue-me, repugna-se
Vamos! Continue! Faça pior! É tudo que pode fazer?
Ainda é pouco.
Esta dor que eu convivi, é muito maior da que você pode me trazer
Esse seu sentimento é nada.

Se não confias, morra em desgraça
Essa é o preço do que eu sou
Confie em mim ou sofra
Nessa ignorância sem cabimento eu quero que Sofra...
Sofra Tentando me fazer sofrer

Sentado em meu relento estou, estou lembrando o quão triste foi confiar
Essa memória a você
Triste foi ser ingênuo outra vez
Vou engolir mais dor
A Dor já faz parte de mim;
Porque eu fui criado na dor...

quarta-feira, 30 de junho de 2010

O Enforcado - Felipe A.


Agora eu estou em meu merecido lugar.
Estou novamente preso a matéria, estou a ver a harmonia
Estou a ver o adeus de um Deus
Estou a sentir a agonia de morrer
Triste é essa caminhada em circulo
Em que nada leva a nada.

Decair na matéria, mergulhar em minha alma
Ver o verdadeiro significado
Significado desta parábola
Compreender e manejar a informação sem difamação
Ser um em tudo compreender porque tudo fez parte de um
Estou preso pela matéria, segurado pelo meu pé esquerdo.
Estranhamente sinto o abraço da forca, logo irei morrer assim
Mas nesta falsa morte compreendi
Que mesmo preso a matéria, posso ser livre como um pássaro
E como os raios do sol, minha alma pode transcender
Por que eu sou parte de tudo.

Nessa latejante visão
Agora compreendo a tua aparição
E agora vejo perfeitamente os seus olhos
Que em vez de medo assistiam a informação
E deslumbravam a verdade
Agora sou como o enforcado
Agora eu compreendo a verdadeira parábola
Que é como minha história, que se assemelha a minha verdade.

sexta-feira, 25 de junho de 2010

O Amor - Felipe Alexandre

Como notas, tão singelas e vivas, ele comove o coração;
Ele alivia a dor e renova a esperança, pode nos fazer parecer bobos e ridículos aos olhos dos outros.
É como um vento suave que toca o rosto, é a prova viva que nem tudo está perdido.
É força que move dois mundos, eis o maior mistério
Maior que a alma, maior que o mundo e tão grande quanto o universo.

É cintilante como o fogo e corroí como tal, mas não agonia, e sim consola;
Cria muros, nos faz se sentir protegido e nos faz repousar na mais suave calmaria em meio a tempestades.
Faz-nos ficarem cegos, mudos, e surdos nos faz perceber coisas que achávamos tolas.
Está no cheiro, está na voz, até em um simples gesto.
É tão simples que se torna complicado, é tão humilde que a luxuria não vê.
É tão poderoso que faz reviver amor onde só havia dor...

O amor que já duvidei tanto e desacreditei tanto, que agora que vejo
Sinto-me tão tolo, e eu quero morrer afogado em amor
“Se é para viver uma vida sem amor, é preferível que não viva.” Já me disseram isso e eu ri...
Eu quero todos os dias olhar dentro de seus olhos e saber que é real.
E que tão pouco me importará as opiniões, eu continuarei a te amar.

É tão mágico que consigo finalmente sentir meu coração bater...
Eu me sinto vivo novamente depois de longos anos dentro desta morbidade.
Esse sentimento que eu desprezei tanto, agora sai à flor da pele.
Já não consigo mais controlar, e já não sei mais no que pensar.
Curioso fica em pensar, Como pode existir algo tão intenso?
Tão forte ao ponto de unir mundos tão diferentes?
Em todas as perguntas que rugem em minha cabeça
A única coisa que sei
É que estou a Amar...

quinta-feira, 24 de junho de 2010

A Fogueira - Felipe A.

Sim, estou agora te vendo, assistindo você queimar na tua própria insanidade.
É tão cruel que me faz sorrir!
É tão doentio que me fascina!
Você se afoga em ódio, e agora te coloquei fogo.
Só não espere que eu fique aqui ouvindo seus gritos.

Agora que você queima, eu noto o quanto você brilha.
Era o que você queria não é mesmo? Queria ser notado, queria que os “outros” te ouvissem.
Você conseguiu, minha fogueira humana, grite, sofra, essa melodia que você faz, exploda a energia da sua vida, “é tão cruel que me faz sorrir.”

Queime junto com tua ignorância
Agora tente se achar superior
Como eu tinha prometido, te banhei em fogo.
Agora desfrute desse espetáculo;
Porque você é a estrela; você é a minha fogueira!

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Não mais um Lar – Felipe Alexandre



Eu não consegui mais dizer o que sentia
Era como não se houve mais ninguém pra ler esses versos
Como se não existisse mais pessoas para ler “daquela” maneira...
Eu me senti assim, muitos dias, mas ninguém pode me ajudar...
Eu só ouvi comentar, eu só ouvi as pessoas falarem, que eu não aprendi com meus erros.

O que está errado agora? O que há de errado?
Será que essa inteligência tola não consegue engolir o fato mais humano?
“errar é humano” os sábios já diziam.
Eu não sei de onde toda essa ignorância veio,  nem como chegou
Mas está confuso, tudo parece abstrato em minha mente.

Eu quis ir pra casa, eu quis me afogar no meu lar.
Triste foi lembrar que ninguém me esperava, já não havia mais um doce sorriso...
Não havia ninguém a me esperar, apenas a poeira de meu quarto.
Este meu refugio, que odiaria chamar de meu lugar.
Afogar-me na minha gentil cama, e pensar: “dormir para sempre não seria tão ruim assim?”

Abro meus olhos, olho ao meu redor
Tento encontrar as razões, mas apenas lembro que fui rejeitado,
Lembro que não sou mais digno.
Não encontro meu passado e me pergunto o que deixei de errado.

Uma voz dentro de mim conforta-me dizendo
“Seja forte, você é forte!”
Tantos problemas, que eu nem sei de onde vieram.
Estou morrendo; é triste pensar, mas é real, infelizmente é real.

Meus sentimentos se escondem, eles não são mais os mesmo.
Meus sonhos  já não consigo os encontrar, estão distorcidos que parecem pesadelos.
Talvez eu finalmente esteja perdendo a cabeça, finalmente louco...
Deixado para trás, pronto para morrer, pena que ninguém virá ao meu velório.
Eu estou perdendo a fé e caindo mais uma vez na desgraça.

É como assistir um filme que você já sabe o fim, e torce para que seja diferente
Eu tento sorrir, afinal este sempre foi minha melhor mascara;
Sorrisos e risos que mentem para mim mesmo.
Essas máscaras estão por todo lugar.
Elas invadem meu lar, elas consomem minha vida e eu me sinto morrendo novamente.
Esse é meu ultimo verso, essa é minha ultima adaga, me embriagarei nesse vinho barato e arruinarei esse lugar, por que aqui, não é mais meu lar.

quinta-feira, 10 de junho de 2010

A criança escondida por Felipe Alexandre



Caminha sozinha, quase engatinha doce criança pura e solene que até meus horrores espanta
Pura de alma, o grande elo da alma, guarda no peito o segredo
Guarda na alma a minha ambição
Desfruta de vida, causa inveja de tanta apreciação
É tão solene, que me cativa, é tão bom que parece perfeito

Olhos que brilham mãos que brincam...
O cheiro dessa terra perdida, você a tolera é a acaricia
Pureza divina, teus olhos brilham de tanta inocência

Quero por minhas mãos em suas costas, e ver se sinto suas asas...
Tanta pureza que é digna de um anjo
Filho da terra, suspiro da lua, calor do céu, vida refletida...

Escondida dentro dos adultos, perdida e sufocada, ela ignora e vive
Está esperando para ser encontrada, e compartilhar sua sabedoria
Cuidadosamente ela está escondida na sua alma.
Milagrosamente continua viva.

Numa canção de ninar, quero ver você repousar
Durma pequeno anjo, durma que está escuridão não te aflija
Fonte de vida, doce veneno, não cativará mal algum.
Repouse minha amada criança, enquanto assisto sua surpreendente inocência.
Durma...
Durma..
"In my lullaby close your eyes and sleep, it's magic? Is a real life? Children sweet, you're mine."

sexta-feira, 28 de maio de 2010

Oculto por Felipe Alexandre



Oculto, sozinho ao breu de noites sem lua
Minha alma repousa nos braços de um anjo sem nome;
No suspiro de uma mãe sem feto;
No carinho de um vento sóbrio.

Está oculto em meus caminhos
Está sozinho em meus passos
Confia, aguarda e se prende a minha sombra
Como criança sem amor, como chuva que cai sem esplendor.

O sol não brilha a lua não aparece.
Está oculto na verdade
Esta sozinha numa distorcida realidade
Procura, abate, se afligi nesta morbidade.

Notas sarcásticas tocam um som lírico com a mais sutil crueldade
Debocha, e reforça esse pensamento solene de realidade.
Oculto está nesta obscuridade, nesta mascara sem porcelana
Nesta vida que já chamou de tirana.

Sozinho nos braços alheios, eu observo o seu repouso solene
E a espero com o mais doce sorriso
A sua confortante volta, sem mais comoventes despedidas.
Nos braços de um anjo, oculto em um relento
Repouse minha doce criança, sem meu infortuno silêncio...
Oculto, sozinho e tranqüilo a minha alma está neste mais profundo silêncio.

segunda-feira, 26 de abril de 2010

O Mal - Felipe A.

 
Como bebida que nunca sacia como sede que não passa, assim sou eu dentro de você
Porque você me evita? Porque todos me julgam como algo desnecessário?
Eu sou necessário! Sou parte do seu ser, sou seu mais puro e profundo instinto...
Se do barro tu vieste o calor do barro eu sou.
Por mais que você queira fugir e correr para longe de mim, triste enganação é tua, porque habito dentro de ti!

Adormecido e repreendido em teus medos, da luxuria eu bebo, do ódio eu vivo.
Deixe me mostra a vitória, e fazer seus inimigos tremerem diante de seus olhos...
Basta você me dizer que sim.. E em troca só te peço fidelidade...
Eu sou o mau, estou dentro de ti... Feche seus olhos, você pode me ver? Em minhas assas estão seus temores! Vamos queima-lás? Eu já não preciso mais delas... Vamos abrir uma lareira e rir diante dela contemplando sua beleza... Imagine isso... não é lindo?

Doce sou na sua carne, amargo eu sou em suas crenças, em certos e errados eu te confundo! Mas estou apenas tentando ajudar e estendo minhas mãos... Daremos fim a sua tristeza e a todos seus medos e inimigos, basta que segure minha mão, te levarei para um lugar onde o frio e tua solidão não sobreviverá.. No teu corpo estou presente e no teu espírito faça meu templo...

Apenas você pode decidir isso, meu mais precioso amigo...

quinta-feira, 1 de abril de 2010

A Lua (Felipe A.)


No céu humano, condenada a solidão..
Nos vigia, nos observa..
Nos guia entre a escuridão da noite,
E faz nos lembrar o quão pequenos somos diante de ti...

Sozinha no alto dos céus
A lua... Oh doce lua de face tão branca e luminosa..
Que na sua maior agonia.. amarela se mostra, para lembrar
Que nem mesmo o brilho do ouro é tão esplêndido e belo quanto o do teu luar.

Lua que em noites em claro, assiste e observa a humanidade..
Que vê amantes comerem do fruto do amor, e do desejo cairem em tentação
Lua que sozinha, tão triste, espera o toque... O toque de seu grande amor..
Ninguém merece viver sozinho.. Nem mesmo uma ilha é digna da solidão.

Grandiosa lua, tão feminina, grande mãe de amor,
Tão nobre teus segredos, tão nobre tua sabedoria..
Ingenuidade de teu doce e oculto sorriso..
Toca, e conforta aqueles que assim como você, aguardam seu grande amor.

Lua que cativa os oceanos, que quando mostra sua beleza divina
Os mares aumentam com a esperança de tocar sua bela face.
Humanos de tolos esqueceram a essência real de cada ser,
Esqueceram a nobreza da vida, dos elementos e dos astros
Que brilham e nos vigiam como anjos no céu.

A sabedoria que foi perdida,
A inteligência que ficou cega de tanta informação,
A mente que foi poluída com “maneiras de viver”,
Quando  na verdade o homem não precisa de nada disso..

Lua, oh grande lua..
Nas linhas de tua face, um dia espero tocar-te..
O espírito da grande mulher,
A grande feminina, delicada e esplêndida
Ilumina e ensina os passos para que eu possa chegar até você..

Por mais que as noites sejam escuras..
Saberei que pelo meio desta grande escuridão,
Tu me observas escondida entre as nuvens, e teu luar me toca.. Me conforta..
Oh Lua seja minha observadora, e me ensine à pureza e a sabedoria que foi perdida nessa triste e cega humanidade..

domingo, 28 de março de 2010

"Quem eu sou?" [Crônica] - Felipe A.


Em tantas perguntas, com tantas respostas fui cair logo nessa que não consigo responder; “quem eu sou?”
Talvez fosse bobo demais achando que as minhas atitudes faziam de mim o que eu sou, quando na verdade o verdadeiro eu, está atrás de atos, de lembranças talvez escondido dentro da própria alma, não tenho pressa de descobrir, mas seja lá quem você (eu) for, quero curtir bem devagar, conhecer aos poucos e quando descobrir, provavelmente vai rir da resposta de tão simples que será e rir também daqueles que assim como eu que achava que sabiam a resposta, quando na verdade estavam mentindo para si mesmo, então se você ta lendo isso agora tente refletir com você mesmo essa pergunta tão perspicaz.. “quem eu sou”, mas não pense que estou brincando com você e não pense logo nessa resposta humanamente estúpida “eu sou eu” afinal ainda dentro de tua resposta a pergunta viveria, quem é “você mesmo”? Realmente um segredo da vida. Então vamos deixar de lado esses rótulos e ser o que nossa alma pedir pra ser, quem sabe esse seja o segredo de vida, cada um é um milagre, cada um é um ser único, cheio de segredos e mistérios que nem nós mesmos conseguimos entender.

Eyes of World - Set Ahriman


Jamais alguém pode demonstrar
O que desejava na realidade,
Sangue é derramado em batalhas inexistentes!
Guerras jamais tiveram um real motivo!

Mentes ambiciosas, sempre querendo ir além,
Sobrecarregadas de preconceito e ganância!
Comandando grandes potências
Como se fossem donos do mundo!

Não posso ver, não posso ouvir
Ninguém pode pensar, não podemos falar
Pois estamos expostos aos olhos do mundo
E para eles, somos apenas a "miséria"

"Senhoras e senhores, neste momento estaremos apagando por completo suas lembranças!
Por mais que relutem, é inevitável!"

Nada pode ser feito, nada é permitido!
Para os corajosos que quiserem se aventurar
Caminhando em direção ao "desconhecido"
Indo na direção do inimigo... Desejo apenas... Boa sorte!

Nenhuma pobre alma será poupada!
O sangue dele é tão frio quando o gelo
Devíamos acordar destruir o indestrutível
Tornar possível o impossível

Não podemos ver, não podemos ouvir
Ninguém pode pensar, não podemos falar!
Nós somos a verdade, os donos da própria realidade!
Nós somos os olhos do mundo!

terça-feira, 9 de março de 2010

Vampiric mind - Set Ahriman


No escuro de meu coração
Vejo imagens em preto e branco,
Sua face sorridente se dissipa
Junto com meus sentimentos!

A distorção do espaço ao meu redor
Me atormenta a cada segundo
Acho que estou sozinho nesse mundo,
Já não sei mais o que é amor!

O vazio de minha mente
Já toma conta de tudo,
Nem mesmo meu corpo
consegue responder aos meus comandos!

E a única imagem clara que vejo
É você indo embora...
Caminhando para longe de mim
Em meio á escuridão
Deixando para trás
Apenas marcas em meu coração
Apagando o resto da minha chama de vida
Dissolvendo minha essência!

As sombras são minha única companhia
Sombras de um passado obscuro
Que nem mesmo a luz divina
Poderia iluminar!

Um passado vampírico
Do qual não me orgulho
Tanto sangue derramado em vão
Para que no fim, eu perca você.

A Gothic Declaration - Set Ahriman


Irei até a luz divina te resgatar!
E voltaremos para a eterna escuridão, como
Um casal apaixonado de vampiros, vagando pelas
Noites sombrias e frias!
Á procura de sangue humano e quente!
Para que aqueça nossos corpos mortos,
Cheios de um espírito vingativo e cruel!
A escuridão que na verdade, é apenas um clarão
De chamas ardentes como uma fogueira
Que queima as bruxas do século XVIII!
Foqueiras dessa hierarquia maldosa e inescrupulosa!
Não peçamos desculpas a ninguém, eles é que
Devem nos pedir desculpas!!
As presas sedentas, encontram o pescoço um do outro
E se impedem de nos morder!
Quem sabe aqui, escondidos de toda essa luminosidade,
Ficaremos em paz,
Apenas com a companhia um do outro!
Num sopro gelado de amor, doce sabor da paixão,
Invade nossos corações adormecidos!
Esvaziando toda a nossa dor!
Teus lábios encostados nos meus, parecem dizer:
-Confie em mim,te lavarei comigo para sempre!
O mal nos espera, vamos para o fundo de nossos túmulos,
Absurdamente cobertos por uma profunda sombra!
Sombra de nosso eterno amor.

Society - Set Ahriman


Alienação sem controle
Poder sem rumo
A sociedade nos engole
Decretando seu futuro!

Roubando tudo o que temos
Nossa liberdade de expressão!
Como em uma ditadura militar
Super desenvolvida.
Sociedade...
Quem precisa dela?
Inescrupulosa em sua ingenuidade,
Bela e preconceituosa!

Mortes em vão
Para mostrar a todos
Que nada é como pensam!
A verdade que jamais será vista pelos tolos!

Penso comigo mesmo...
Porque tudo isso?
Guerras são normais!
É para isso que eu estudo?

Sociedade...
Quem precisa dela?
Horrenda, assustadora!
Insana, feia e inconciente!

domingo, 7 de março de 2010

A realidade do irreal - Felipe Jr. C. Alexandre


Nessa dura estrada da vida
A sombra q vaga continuamente, um fantasma ou uma lembrança?
Um mundo em preto e branco, um mundo entre real e irreal
Na expressão da tua face vejo o quão acabado estou
No timbre de tua calma voz, me sinto desamparado
Eu não sinto medo, mas neste momento meus joelhos se dobraram diante de ti
Ilusão ou realidade, um conto ou uma parábola, nada mais importa
Porque nesse mundo de interrogações, eu não passo de uma pergunta
Tua mão me toca o calor de teu corpo, me assusta
É como uma chama no túnel onde a luz não habita mais
É como uma rima num silencio absurdo
Não vejo a saída, real ou não, onde está a minha vida?
Onde está minha historia?
Na sombra que vaga comigo, no escuro estão os rancores de um mundo de segredos
Minha voz não perambula pela inquietude
Essa lua que não brilha, essas estrelas caídas.. São anjos ou demônios?
Nada mais me importa..
Realidade ou não.. Eu continuo a caminhar com a sombra q não possui face ou expressão..
Se é real ou não, Nada disso me importa mais..

Não é real (O enforcado) - Felipe Jr. C. Alexandre


No vazio da noite, conto passos com a solidão
No desespero da morte, no reflexo dos teus olhos, me vejo a padecer
Porque essa solidão? Por que todos me abandonaram..?
Esses penssamentos na minha cabeça, essa dor em meu peito que corroe até a alma..
Isso não é real, isso é uma parabola, a parabola de um enforcado..
Isso é uma ilusão, isso é um sonho macabro
Isso é a minha loucura, isto não é a minha vida..?
O sangue corre, ele pinga sobre as minhas mãos
Meus berros ecoam, e escoam no silencio morbido de um luar sem graça
Os olhos de quem já se foi, não ousaram se fechar, eles me observão, me devorão..
O timbre de minha voz, morre e se dessespera no silencio de meu soluçar
O inferno é uma lareira, eu já ouvi falar
E nessa angustia dos que não ousam falar, Eu desejo queimar
Mas no inferno de minha alma, fogo não há porque a luz não habita lá
Nessa sombria noite, nesse eterno pesadelo, só pensso em quando td isso irá acabar
Essa ilusão, esse sonho macabro, o enforcado chora, e eu ai de acreditar nessa triste mentira..
“Isto não é real..”

O ultimo suspiro - Felipe Jr. C. Alexandre


Como numa praia em que cada onda deixa sua marca
Os dias de nossa vida nos marcam e de lembranças voltam a reviver
Pena que dias ruins e bons jamais se repetirão, porque todo momento é único
Cada suspiro é um passo para a morte e nessa maestria sombria
Nosso maior conforto são nossas conquistas, nossa família, nossos amigos e nossos amores
De amizades que juramos nunca se esquecer, como a onda do mar que apaga os desenhos da areia, o tempo as apaga.. Mais e mais
Mas não as mata, porque a verdadeira amizade sobrevive ao tempo
De sorrisos e lagrimas, de sonhos a decepções
As memórias que nos engrandecem e nos decepciona
Dos momentos vividos, das lagrimas que te Marcão
Dos sorrisos que revivem, das lições que aprendemos
Aprender a viver é aprender a ser feliz
Compreender o teu ápice, e conhecer o teu ser
E na hora que tiver que partir respire com o amor das vidas que cruzarão a sua
E suspire o sucesso de tuas conquistas e liberte teu paraíso
Morra no amor de teu ser, padeça no paraíso de tua grandeza, e se aconchegue na tua realização.

Não ouse falar - Felipe Jr. C. Alexandre


Num tormento, em um momento, no silencio perpetuo, na escuridão sanguinária
Os teus medos se escondem lá, não ouse falar... Não ouse falar.. Ele ai de acordar..
Esse monstro que perturba teus sonhos, esse demônio que te devora
Na podridão de teu triste ser, na solidão do teu inferno de crer
Atrás de uma parede de ferro e sangue, nas cinzas do fogo que queima
Ele se esconde lá, não ouse falar, não ouse falar, ele pode acordar
Seus medos ganharam vida! Num inferno um diabo com teu nome te esperam e aguarda esse “dia” chegar...

Não ouse falar, ele ai de te escutar
Não ouse falar...
Não ouse falar..

Três passos e Uma forca - Felipe Jr. C. Alexandre

Corra! Seus problemas estão sumindo... Sumindo dentro dessa mentira
Onde cada conforto é teu desconforto, onde cada sorriso é teu arrependimento que devora tua alma.
Onde todas as pessoas te angustiam, te devoram, e te desprezam
Levanta-te! Olha ao teu redor, dos teus sonhos, cinzas e cacos sobraram..
Três passos para a morte;

1. Do sangue que goteja de teu pulso, dele pinga teu ultimo vestígio de sobrevivência

2. De tua mascara, agora quebrada, só os cacos sabem a verdade escondia, e neles você vê mentiras que usou e as pessoas que te maltrataram

3. Não tenha medo, esse é seu ultimo passo, daqui pra frente nada mais te incomodará, a forca é tua melhor amiga, sinta o abraço de uma corda em teu pescoço e pule no penhasco de tua morte o chão já não é mais teu limite...

Apenas Três passos... Três passos para essa dor acabar..