Universo da alma

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terça-feira, 20 de julho de 2010

Insensível - Felipe Alexandre


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Frios, mórbidos, riem e choram parecem não se importar com nada
Eles se julgam insensíveis, mas para mim são apenas mortos.
Eles debocham de sua vida, eles acham você patético
Mas para mim, ainda são apenas mortos
“Eles estão mortos? O que eles são?”
- Não sei, apenas se denominam insensíveis.

Esse som estridente me lembra o sino da igreja
Anunciando minha morte, sentados nos degraus daquela suja escada
Estavam "eles", a chorar e rir e me caluniar por ter vivido

São frios como gelo, são mais mórbidos que a própria morte, fazem desenhos na neblina
E te fazem ter arrepios na espinha
Arrepios na sua alma...
Eles balbuciam o medo em seus ouvidos e te condenam por simples motivos.
E só o que dizem, é que são insensíveis.
 
Já estamos a ouvir suas risadas, que são tão cruéis e cheias de melancolia
Adivinhe o que eles são, mas só poderá vê-los quando estiver deitado em sua cripta.
Esse frio estranho no ar, melancólico e cheio de intenções
Esta escuridão que parece te ver
Estamos deitados em sua cama
E estamos pisando em suas sombras
E quanto mais medo você tenha, esqueça, por que eles são:
Insensíveis.

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