Universo da alma

Universo da alma

domingo, 23 de outubro de 2011

"Eles"


E eles voltaram entre as próprias cinzas...
não são amantes da fênix, nem da luz, mas sabem muito bem renascer do pó.
a miséria não os assusta, seus passos são vagos, suas mãos são frias
vozes de trovão, olhos de águia, a vida apodrece perto deles.

Conhecedores das leis do universo...
mestres da criação e da destruição, exibem suas barganhas
Eles estão um pouco depois da morte
são os coveiros e também a podridão
é a sabedoria máxima a inteligência absoluta
os portadores de todas as relíquias e todos os saberes.
Ao longe ouviram minhas risadas, perceberam minha felicidade
Agora me perguntam “quem és tu?” - eu sou o que sobrou de mim.
a parte sobrevivente que não morreu enquanto foi vitima de suas experiências
sou o ultimo feixe de um dia claro que percorreu à noite
sou o ultimo suspiro de uma alma que ficou doente
sou a ultima pena da ultima fênix que não conseguiu voar.

Vieram me buscar, porque desviei meu caminho
eu pequei, eu errei, eu fui insolente...
Mas eu estou ciente de meus erros, eu sei de minha loucura
entendo que não posso me esconder, porque vocês me ensinaram isso.
Ao fundo sinto que devo abraça-los novamente e voltar para nossa casa
mas eu queria provar novamente
sentir novamente...
Aquilo que os outros chamam de amor.

“Give me  little boy your hand...
we going to home."

sábado, 9 de abril de 2011

Aproveite as Oportunidades!

O que você diz sobre aproveitar oportunidades?
O que você diz sobre saltar para fora do limite?
Nunca sabendo se existe um chão sólido abaixo
Ou uma mão para segurar, ou um inferno para enfrentar
 
O que você diz?
 
Aproveite as chances, faça o melhor, e se cair apenas levante-se!

sexta-feira, 18 de março de 2011

Esperarei...


Todos os dias, quando me descuido penso em você.
Lembro-me de você sorrindo, e me chamando de querido.
Ah como era bom àqueles tempos, em que éramos um só.
Um só, em um doce amor todo nosso.

Lembro-me quase todos os dias de nosso primeiro beijo
Doce veneno, doce desejo que me marcou.
Recordo de sua risada gostosa e sincera me dizendo suas teorias bobas
De que eu era só seu e você me vigiava dia e noite;
Porque éramos só um... E eu nunca admitia, mas...
Era muito bom ter você, porque eu te amava! Sim, eu te amava.

Lembro-me do dia em que você me chamou chorando no telefone
E me disse coisas terríveis, que eu inocente nunca compreendi.
E assisti você pegando as suas roupas abrindo a porta e com aqueles lábios...
Que eu tanto amei, e sua voz que eu tanto gostava me dizer “Adeus”.

Hoje lembro o quanto doeu, mas você continua aqui nessa ferida...
Nessa ferida que eu lutei para curar, que eu chorei até cicatrizar;
Escondido por baixo de toda minha pele, no calor de meu corpo...
Continua quente o amor, o amor que eu sempre tive a você;
E nunca pude te entregar com todo fervor que você merecia.

Os dias passaram, e eu continuei a lembrar de nós...
Até o dia em que você voltar e pegar minha mão...
E andarmos no velho bosque onde nos beijamos pela primeira vez...
Tento ser realista, e aceitar que você nunca mais voltará...
Mas infelizmente é bom sonhar... E tentarei continuar a te esperar.

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Anjos - Felipe Alexandre


Vozes me chamam... chamam... vozes de anjos...
Hora eu que não os chamei, clamam meus nomes...
gritam meus nomes, serão mesmo anjos?

Eles sempre me chamam.

Anjos que dormem na escuridão.
Bebem do sangue de minha morte
e falam com vozes que rangem
como ferro em lascas
como  um vulcão em erupção...

Ora, serão mesmo  os anjos?

Chamam os meus nomes, sem esquecer se quer de um
eu não os conheço, mas seus olhos queimam os meus;
Sua voz faz sangrar meus ouvidos e seu toque gela minha pele.
Confudem o que eu sinto, amor ou medo? Nada mais faz sentido.

Vieram me buscar. 

Uma vez mais gritaram meu nome
Estridente, sombrio a sua voz fala meus nomes...
Queria um pouco mais de tempo... Para salvar a mamãe;
e desenterrar o papai...
Um pouco mais de tempo pra terminar isso...
isso... que não tem fim... que segue esse ciclo...
Anjos que me arrastam para escuridão sem permitir se quer
que eu diga os seus nomes.
Anjos...

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Ao Fim - Felipe Alexandre


Escrevi cartas que falavam de um amor proibido,
Proibido porque era sujo, proibido porque não era digno.
Escrevi poemas que falavam de um sentimento;
Que julgou impuro, e desmerecido,
De tão desmerecido meus poemas morreram na solidão...

Minhas palavras nunca alcançaram seus ouvidos;
Porque minha roca voz nunca pode alcançar você.
O ar, que me falta já aos pulmões...
Envelheci solene em meu próprio presídio de solidão
Empoeirado junto às cartas;
Acumulado junto ao que criei.

O Fogo está se apagando, junto de minha vida...
O calor de meu sangue está sumindo;
Estou me esgotando...
O amor me manteve vivo todos esses anos,
Mesmo este nunca ter sido retribuído...
Mas agora cheguei ao fim, estou me mudando desta vida;
Estou partindo para os braços de minha amada...
Estou... Estou ao Fim.