Universo da alma

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sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Desabafo da realidade (Paranóia I) - Felipe Alexandre

Onde você esteve?
Você está diferente...
Você desapareceu e me abandonou sem olhar para trás
E daquele mesmo jeito você retornou aqui

Então fez o seu tempo, longe daqui
Renovou o seu ser, tornou-se mais forte?
Pelo seu retorno imaginei que soubesse
Que esse corpo se deu ao desfrute de amar e foi punido a uma dor
Uma Dor que nem mesmo no inferno fui capaz de sentir...

Parece tão bom, posso abraçar você minha querida alma...
Quando tudo se foi, eu nada senti...
Eu acho que deve haver algo errado com nós
Você ao menos os viu?
Eles se foram á tanto tempo
Nossos sentimentos que abandonamos...

Entre em meu corpo, explore minha mente
Esse lugar desanimador, algumas coisas mudaram
O que não pode ser novo para “eles”
O que não deve surpreender você

Eu estou feliz que esteja aqui.
Eu me sinto melhor por você estar bem
Seja bem vindo de volta ao seu lar
Abrace seu inferno.

Nesse corpo faminto pela solidão
Mas que se embriagou sem querer na paixão e envenenou-se no amor
Perdida, criança e inocente alma que voltou...
Essa vida proibida tomada por um momento...
Essa vida, que parece muito tarde para salvar.
Ou quem sabe seja apenas um momento no tempo...

Na minha mente, os lugares continuam voltando
E eu ainda vejo o sorriso daquela pessoa
E o medo escuro que eu sinto...
Morro em um instante.

E “eles” me guiam a loucura
Sempre assim, de pé chorando e rindo de mim
Eu os odeio, é triste saber que eles estão certos
Esses demônios que me perseguem, essas memórias que me consomem
Os medos que me corroem e me matam a cada dia
O amor destruiu minhas mascaras e arruinou meu lar
E agora abraço minha gentil alma que voltou para me consolar

“Eu posso confiar em você?”
“Eu ouvi um barulho...!”
“Eu ouço vozes...!”
“Eles estão sempre perto de mim...”
“Eu queria que tudo isso fosse uma ilusão”
“Porque eles não somem? O que eles querem!?”
“Oh Deus, livrai-me do mal... amém...”
“Mentiras... Mentiras... parem...”
“Como se nada bastasse esse sentimento humano esta terminando de me matar!!!”
“E quem sou eu agora?”

Muito tarde para mim... Ou quem sabe seja apenas o tempo...

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